sexta-feira, 18 de março de 2011

POEMA

INCOERÊNCIA DAS FLORES
Marlene da Conceição de Sousa



Manhã de primavera
Flores e guerra
Paixão e ódio
Vida e morte.
Mais uma criança nasceu
Na calçada, outra morreu.
Brotou uma rosa, bela, mas tem espinho!


Tarde de primavera
Flores com bálsamo de vela
Quiçá com fragrância de jasmim.
Alguém foi baleado
Outro ficou curado.
Lágrimas e risos
Tristeza e felicidade


Noite de primavera
Droga e prostituição
Orgia e celebração
Mundo cão.
Sonho e fantasia
Esperança, miséria, desamor.
Um dia de primavera, não tem exclusividade de uma flor.


Várias flores foram ofertadas por amor
Outras tantas pela morte, dor.
Tantos corpos cobertos feito jardim
Lágrimas, angústia de um fim.
Numa sala, em um vaso qualquer.
Estão lindas! Brancas, amarelas, vermelhas...
Um coração se encheu de emoção, será paixão?

Sereno de primavera
Foi só mais uma estação.
O amor está em que estação?



MARLENE DA CONCEIÇÃO DE SOUZA - Poeta natural de IBIASSUCÊ-BA.

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