Acordei da ilusão, já quase morrendo;
E minha face pálida sentia...
Essa dor que alentei, que tu nutrias,
E por tua causa, desespero-me e morro...
Morro queimado, mas com a alma fria.
Sou um sonho da minha esperança,
E vivo de amores, mas terei sempre a lembrança.
Dos vales respirando as sombras,
Com a alma de fogo, e o coração de criança.
Tenho por meio palácio as ruas,
Minha pátria o ar que respiro,
Tenho sempre comigo a lua,
Que me faz companhia, maravilhosamente nua!
E quando a noite vem pálida;
Os ventos sopram, tremem a palpitar,
Percorrem em busca de a brisa encontrar,
È assim que me sinto quando a noite não tem luar.
É saudoso viver nessa dormência;
Meu mundo é natural e quase perfeito,
Cheio de amanhecer, com azul do firmamento.
Com vários rios de nobres sentimentos.
Como um Liz que adormece ao vento
A minha’lma enxugou seu pranto
Tendo no peito imagens puras,
De formas cristalinas, vão se desenhando,
Se o meu mundo for um sonho...
Morrerei sonhando!
Poema escrito em 13/07/2004 por Kléber Carinhanha, conhecido como Fofão da Banda Feras da Bahia/Caculé. Reside na rua Bahia, Ibiassucê/BA.
O texto acima postado, foi aprovado pela comissão julgadora do Concurso Literário: "Poesia - um voo do pensamento sobre a vida", para compor a coletânea do livro, a ser publicado pela Diretoria Municipal de Cultura/Ibiassucê no final deste ano.
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